sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O comandante da jangada justifica-se

Uma Jangada de pedra a caminho do Haiti

As minhas palavras serão de agradecimento. A Fundação José Saramago teve uma ideia, louvável por definição, mas que poderia ter entrado na história como uma simples boa intenção, mais uma das muitas com que dizem estar calcetado o caminho para o inferno. Era a ideia editar um livro. Como se vê, nada de original, pelo menos em princípio, livros é o que não falta. A diferença estaria em que o produto da venda deste se destinaria a ajudar as vitimas sobrevivente do sismo do Haiti. Quantificar tal ajuda, por exemplo, na renúncia do autor aos seus direitos e numa redução do lucro normal da editora, teria o grave inconveniente de converter em mero gesto simbólico o que deveria ser, tanto quanto fosse possível, proveitoso e substancial. Foi possível. Graças à imediata e generosa colaboração das editoras Caminho e Alfaguara e tambem das entidades que participam na feitura e difusão de um livro, desde a fábrica de papel à tipografia, desde o distribuidor ao comércio livreiro, os 15 euros que o comprador gastará serão integralmente entregues à Cruz Vermelha para que os faça seguir ao seu destino. Se chegássemos a um milhão de exemplares (o sonho é livre) seriam 15 milhões de euros de ajuda. Para a calamidade que caiu sobre o Haiti 15 milhões de euros não passam de uma gota de água, mas A Jangada de Pedra (foi este o livro escolhido) será também publicada em Espanha e no mundo hispânico da América Latina - quem sabe então o que poderá suceder? A todos os que nos acompanharam na concretização da ideia primeira, tornando-a mais rica e efectiva, a nossa gratidão, o nosso reconhecimento para sempre.

José Saramago in DN, 29 Jan 10

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Hoje é o dia! Hoje é o dia!

Acaba hoje o que a Apple chamaria tabu se fosse parola. Não sendo, fez saber que lançaria a 27 de Janeiro de 2010 (confirmem, é hoje) uma coisa que mudará as nossas vidas. Fez-se suspense, correram rumores, atropelaram-se boatos. Se Isaac Newton, naquele dia de 1666, tivesse anunciado na taberna "hoje, sento-me sob a macieira e vou inventar a lei da gravidade", não teria inquietado tanto a aldeia de Graatham. O que é que a Apple nos vai dar hoje? Consta que é plano e táctil, que vai pôr-nos, desta vez a sério, a ler jornais e livros electrónicos, que junta os smartphones e os computadores portáteis num só ecrã de palmo, que dá para jogar electronicamente e navegar na Internet mesmo ao décimo dia de soterrado num terramoto… Enfim, que, desta vez de vez, podemos prescindir do outro porque cada um de nós passa a ter o mundo na mão. Será? Se calhar vocês já sabem quando me lêem, a notícia já saltou, a Apple já se revelou - eu é que me roo todo, a horas de saber a coisa que me vai mudar a vida. Mas tenho uma suspeita. Consta (é um MacRumor) que a coisa se vai chamar iSlate. "i" do que já sabemos, internetices, e "slate" de lousa, ardósia em inglês. Hmmm, esta do "slate", com todo o seu ar retrógrado, traz água no bico. Suspeito que a Apple vai reinventar a conversa. 

 Ferreira Fernandes in DN, 27 Jan 10


Afinal hoje não foi dia para iSlate mas sim para iPad. Depois logo se vê se a conversa foi mesmo reinventada...


Steve Jobs apresentou esta tarde aquilo que todos esperavam: um tablet pc, vocacionado para tarefas como a navegação na Web, ver vídeos e ler livros. (ler mais)


 in Público, 27 Jan 10

Lançamento em Fevereiro


Campanha

Uma Jangada de Pedra a Caminho do Haiti
http://www.josesaramago.org/blog/blogpor.php

Os 75 anos da Penguin

Uma história de ousadia e sucesso.

Público - Martin Amis defende cabines de eutanásia e origina vaga de críticas

Público - Martin Amis defende cabines de eutanásia e origina vaga de críticas
Há nesta notícia pelo menos dois pontos que nos interessam. Noutras circunstâncias, deixava ao vosso critério descobrir quais, mas adianto um: a acusação, justificada ou injustificada (isso não interessa, interessa apenas que tenha sido feita) de que Amis trivializa "um assunto de tal magnitude só para acicatar um livro". Se nos lembrarmos da polémica Caim e, em 2008, da polémica Rodrigues dos Santos-RTP (ia ser expulso), etc...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lançamento de sucesso em Janeiro

http://publico.pt/Política/mudar-o-livro-de-passos-coelho-e-uma-analise-do-pais-e-tambem-o-seu-farol-para-o-partido_1419151
Venderam-se, neste lançamento, muitos livros. Cerca - parece - de quinhentos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Noite Livro do Dia, amanhã, 22, às 21h30, na Trama

sexta-feira, 22 de Janeiro às 21h30

NOITE LIVRODODIA

Torres Vedras tem estado no centro da tempestade. E para além dos ventos, por ali têm passado alguns dos mais interessantes fenómenos da literatura em língua portuguesa. Esta noite conversar-se-á sobre a reedição do livro O Caderno Negro, de Cláudia Clemente, sobre o primeiro livro de Rui Almeida, Lábio Cortado, premiado com o Prémio Manuel Alegre do Município de Águeda, e sobre o quinto número da revista Sítio, com textos de Cristina Néry, Luís Maffei, Rute Mota, Hugo Milhanas Machado, Duarte Drumond Braga, Rita Grácio, Rui Almeida, Fernando Esteves Pinto, Paulo Kellerman, Paulo Nuno Vicente, Pedro Eiras, Eduíno de Jesus, André Simões, Paulo Bandeira Faria, Rui Prudêncio, com direcção de Luís Filipe Cristóvão.

Um evento organizado pela Livrododia Editores e ATV, na Livraria Trama

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Lisboa é candidata a Capital Mundial do Livro 2013

Lisboa é candidata a Capital Mundial do Livro da UNESCO para 2013. A candidatura prevê a elaboração de um programa extenso de actividades a pôr em prática dentro de três anos, associadas à promoção do livro e da leitura.

“O desafio da candidatura de Lisboa foi assumido após a ideia ter sido bem acolhida pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros”, declarou Manuel Maria Carrilho, embaixador português junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. O ex-ministro da Cultura acrescentou que a candidatura de Lisboa a Capital Mundial do Livro ficou definida após encontros recentes com António Costa, presidente da autarquia lisboeta, e Paulo Teixeira Pinto, que lidera actualmente a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. A iniciativa de uma Capital Mundial do Livro foi lançada pela UNESCO em 2001, com Madrid, tendo a organização decidido que as cidades seguintes seriam Alexandria (Egipto) e Nova Deli (Índia). Desde então, e por um processo internacional de candidaturas, foram escolhidas Antuérpia (Bélgica), Montreal (Canadá), Turim (Itália), Bogotá (Colômbia), Amesterdão (Holanda), Beirute (Líbano), Ljubljana (Eslovénia) e Buenos Aires (Argentina).

Fonte: Público , 18. 01. 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

Livraria Fumaça



Em meados de Novembro do ano passado, numa das minhas incursões pelas livrarias e alfarrabistas de Lisboa, na Rua da Alegria (por cima da Praça da Alegria), exactamente anterior à Editorial Minerva, deparei-me com um edifício em avançada deterioração com um pedaço de cartão meio escondido e colado à parede com as palavras "Livraria Fumaça", desenhadas em capitais numa caligrafia defeituosa e desalinhada. A curiosidade instalou-se, e dado que nada me bloqueava a entrada no edíficio decidi avançar. De modo algo furtivo, passando um portão de ferro enferrujado, seguindo por uma espécie de mini túnel escuro, bafiento e terrivelmente mal cheiroso, cheguei a um átrio onde uma estranha estrutura de madeira e ligas metálicas, provavelmente destinada a exposições, havia ardido há não demasiado tempo, já que se destacava um tapete vermelho sangue no meio de cinzas e materais carbonizados. A completar este cenário, uma série de outros materiais intactos ou desfeitos, encontravam-se espalhados por toda a parte, enquanto arbustos e ervas daninhas irrompiam pelas fissuras dos muros e do pavimento. No centro, o cadáver em decomposição de um gato cuja cabeça teria sido despedaçada por uma qualquer espécie de objecto transformado em arma por mão humana (imagem desgostosa). Foi neste ambiente sombrio, apesar da tarde solarenga, que através das janelas do 1º andar da livraria, numa área de dimensão considerável, reparei na espantosa quantidade de livros antigos e aparência rara, amarelecidos e/ou acastanhados pelo tempo, distribuídos ao longo das estantes visíveis a partir da minha posição. Escusado será dizer que tanto o portão interior, (este ultrapassável em acrobacia...) como a porta de acesso a este potencial tesouro (privado...) estavam selados por pesados cadeados.

Depois deste episódio levei a cabo algumas investigações infrutíferas. Quando voltei a passar pela livraria passado um mês, o portão exterior estava já fechado com mais um cadeado intransponível.


Será que algum de vós possui informações "valiosas" sobre esta livraria mistério?

Biografia José Saramago


Quem é, afinal, José Saramago? Numa homenagem à vida e obra do escritor, João Marques Lopes responde a essa pergunta na primeira biografia de um dos mais importantes autores do panorama literário mundial, revelando pormenores da vida de Saramago até agora desconhecidos.
O lançamento acontece dia 21, às 18h30, na livraria Bulhosa (Entrecampos). Apresentação a cargo de António Simões do Paço.

nota:  O lançamento desta obra surge em mais um momento singular da carreira literária de Saramago. Entre o 30º aniversário da publicação da obra Levantado do Chão e as ferozes críticas que marcaram o lançamento do seu mais recente livro Caim, é naturalmenta hora de responder à pergunta Quem é, afinal, José Saramago?

Procura-se assistente editorial

A Kelly Services está a recrutar para empresa cliente, Assistente Editorial (M/F), para a Zona de Lisboa com o seguinte perfil:

Perfil:

- Licenciatura na área de Línguas;

- Nível de Português Excelente;

- Experiência mínima de um ano, em trabalhos de revisão gráfica e de texto e de acompanhamento do processo de produção de livros;

- Conhecimentos de editoriação tais como normas e estilos de colocação, transcrições, citações, iconografias, tabelas, quadros, referências e notas, bibliografias, índices;

- Conhecimentos de formatos, manchas e tipo de papel;

- Sinalética corrente na revisão de textos;

- Disponibilidade para deslocação no país;

- Disponibilidade Imediata;

- Bons conhecimentos de informática na óptica do utilizador em especial no MS- Word, Excel e Power Point;

Função:

- Integrada no Departamento Editorial, a função tem como principais responsabilidades o acompanhamento da edição de livros técnicos, revisão de provas, contacto com autores, contacto com designers, paginadores e gráficas.

Caso reúna os requisitos solicitados e tenha interesse na função envie-nos a sua candidatura on-line para aqui

sábado, 16 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um site original

Achei genial essa idéia, não podia deixar de postar. Quem sabe alguém se interessa em fazer algo parecido por aqui!

http://www.trocandolivros.com.br/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E que tal ir lá?

Porto invited you to "Rentrée literária | Apresentação nova editora" on Wednesday, January 20 at 4:00pm.

Event: Rentrée literária | Apresentação nova editora
What: Informational Meeting
Start Time: Wednesday, January 20 at 4:00pm
End Time: Wednesday, January 20 at 6:00pm
Where: Hotel Dom Pedro Palace, Lisboa

To see more details and RSVP, follow the link below:
http://www.facebook.com/n/?event.php&eid=293010067264&mid=1b8f1c6G29cb206fG3c395cdG7

(Salvo erro, suponho que sei do que se trata. mas I'm not sure. As peças estão se movendo.)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Checklist Que sais je?

Maria João Machado
[_] Aprendi quais são as diferentes etapas pelas quais um livro passa até chegar às livrarias?
[_] Sei reconhecer quais são alguns dos mercados do livro mais poderosos na Europa?
[_] Sei quais são os principais eventos e feiras da actualidade para um editor português?
[_] Aprendi a ver uma livraria?
[_] Sei reconhecer as diferenças entre uma pequena e uma grande livraria?
João Tibério
[_] Tenho conhecimento dos melhores e piores períodos para fazer o lançamento de uma nova obra?
[_] Um autor pode publicar vários livros por ano e ter sucesso?
[_] Um editor pode manter o seu look qualquer que seja o evento a que se desloque, ou deve adaptar-se?
[_] As editoras portuguesas não estão minimamente preparadas para o crescimento exponencial das vendas dos e-books?
[_] A bipolarização do sector editorial em Portugal vai eliminar as editoras mais pequenas e mais alternativas?
Alexandra Antunes
[_] Sei onde pára o livro? (6.3. do programa)
[_] Distinguir entre edição amadora e profissional?
[_] Sei o que implica editar um livro de actas?
[_] O que são exactamente os prós e os contras do editing (4.1 do programa)?
[_] Conheço estudos de caso sobre editores exemplares (no bom ou no mau sentido), como nomeadamente Luiz Pacheco, Hermínio Monteiro, Nelson de Matos ou Vítor Silva Tavares?
Kao Kazlauckas
[_] Acabo de abrir uma editora, quero editar alguns autores “clássicos” (ex: Lewis Caroll). Sei como funcionam os direitos autorais nesse caso? A quem recorrer?
[_] Num momento em que o mercado editorial se opõe a correr riscos financeiros, como formular uma estratégia para novas apostas (jovens autores)?
Rita Ribeiro
[_] Aprendi quais as principais características de uma grande editora e de uma editora de pequenas dimensões?
[_] Aprendi qual a importância do catálogo para uma editora?
[_] Aprendi quais as fases de produção a que está submetido um livro?
[_] Sei enumerar as características (diferentes e/ ou semelhantes) entre o trabalho editorial das publicações periódicas e o da publicação de livros?
[_] Aprendi em que consiste o trabalho de editing?
[_] Sei qual a diferença entre o Publisher e o Editor? Consigo caracterizar um e outro?
[_] Compreendi qual o papel do revisor, do designer, do paginador, do marketeer, do coordenador editorial?
[_] Aprendi quais as diferenças entre a edição de livros técnicos e a edição de outro tipo de livros (de ficção, por exemplo)?
[_] Sei dizer quais as particularidades de uma edição crítica?
[_] Aprendi qual a importância da parte gráfica do livro?
[_] Compreendi qual o papel dos lançamentos/ apresentações de livros?
Carlos Serra
[_] Até onde pode e deve ir a revisão do original – relativamente a gralhas, erros sintácticos e/ou ortográficos e, consequentemente, onde é que se inicia o momento em que o revisor interfere com o texto revisto e, sem se aperceber, acrescenta coisas suas?
Carla Castela
[_]Sei que as editoras têm um calendário predefinido, um planeamento anual?
[_] Sei que, também nesta área, se deve ter em conta a noção (janela) de oportunidade?
[_] Compreendo como são estipulados os valores para cada área da produção do livro, das percentagens acordadas com as livrarias e afins, e como no fim se pode ter um saldo positivo? (Estou a pensar na compra dos direitos, na tradução, revisão, enfim nos vários passos para criar o objecto, depois nos descontos acordados com as livrarias, nos custos de entrega e levantamento das devoluções, isto quando não se é parte de Leya, Sodilivros…
[_] …no fim de pagar a todos há viabilidade económica para continuar?
[_] Sei que um catálogo deve obedecer a uma linha, a uma coerência? Ou devo ter presente que é igualmente válido pensar no conceito de custo de oportunidade aplicado ao sector dos livros?
Mariana Miranda
[_] Quais as assessorias de imprensa portuguesas especializadas no ramo editorial?
[_] Por que tantos autores fundam a própria editora para viabilizar suas publicações? Há uma real redução de custos ou é uma questão de liberdade editorial?
[_] Quais os custos médios para a produção, distribuição e aluguel de espaço para materiais de publicidade no ponto de venda?
[_] Por que alguns blogs que tornaram-se livros possuem público consumidor, se os textos continuam disponíveis na Internet? (ex.: O Caderno de Saramago). Este é um mercado promissor?
[_] Há prazo para a indústria literária se adequar ao Acordo Ortográfico?
Inês Calvo
[_] Reconheço a diferença entre o trabalho de editor e editing?
[_] Sei quais são os parâmetros a analisar antes de decidir o valor de uma tiragem?
[_] Sei o que é uma edição crítica?
David Sameiro
[_] Consigo delimitar o espaço que, a nível editorial, a literatura ocupa no ramo comercial?
[_] Sou capaz de identificar os vários tipos de sistemas humanos que existem no mundo da edição?
[_] Sei porque Cavaco Silva não poderia vingar como editor?
Gina Rafael
Direito de autor em Portugal- noções e directrizes.
[_] ISBN - ISSN - o que é? Para que serve?
[_] Ficha técnica de um livro, de uma revista /jornal, há regras?
Outras questões
[_] Sei definir um livro?
[_] Definir uma editora?
[_] Distinguir o valor (e a realidade) do objecto para os diferentes agentes?
[_] Distinguir e identificar os parceiros do livro fora da editora?
[_] Que os únicos amadores são/eram o leitor e o autor?
[_] Identificar etapas e actores nas diferentes fases dum livro?
[_] Calcular o preço de capa?
[_] Fazer o depósito legal?
[_] Fazer um contrato?
[_] Conceber o paratexto de um livro?
[_] Conceber um Kit de Imprensa?
[_] Identificar os diferentes actores na produção do livro?
[_] Conceber o organigrama de uma editora virtual?
[_] Conceber o trabalho de pós-produção dum livro?
[_] Identificar um catálogo?
[_] Identificar uma boa parte dos modos de divulgação e promoção do livro?
[_] Distinguir entre editor-director e editor-executivo?
[_] Projectar a vida dum dado livro desde a edição ao fim do contrato?
[_] Quais as características gerais dum contrato de edição?
[_] Distinguir um livro bem editado de um mal editado?
[_] Quem, na editora, decide em caso de conflito entre diferentes actores?
[_] Como se faz o acompanhamento de um livro?
[_] Distinguir entre pré-produção, produção e pós-produção?
[_] Pensar a edição?
[_] Onde e como se vende o livro?
[_] Identificar as principais dificuldades do mercado?
[_] Comunicar com os diferentes parceiros (agentes, editores estrangeiros, etc.)?
[_] Fazer o follow up?
[_] Conceber uma estratégia de comunicação?
[_] Consigo compreender o presente e adivinhar o futuro?
[_] Entendo a gestão do livro durante o período de contrato?
[_] Sei identificar as tendências do mercado?
[_] Encontrar um equilíbrio entre a lógica mercantil e a dimensão cultural?
[_] Pensar os problemas de um texto a fim de o tornar publicável?

Quando um blog é também um portfólio

http://spiraltap.net/
Fui parar a este endereço porque um dos seus mentores deixou no meu sítio a dica, e fê-lo de forma educada, o que me motivou a ser também educado. Espreitei e achei curioso. E vi a BD - http://spiraltap.net/simplesalquimia/ - e achei interessante. Se eu conhecesse alguém que estivesse à procura de novos talentos na área...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Um blogue de livreiros...

http://professorjosecid.blogspot.com/

...com histórias (e humor) de livreiros.
Interessante.
Sumário da aula 10 (4/01)


1. Questões prévias

A aula começou com algumas considerações acerca do método de avaliação da cadeira de Teoria da Edição. Os alunos que não ficarem satisfeitos com a nota final atribuída poderão realizar o teste.
No decorrer desta semana deverão ser enviadas entre 2 a 3 perguntas ao professor a fim de ser elaborado uma espécie de questionário para entender o que, de facto, sabemos e esclarecer o que ainda não ficou compreendido.


2. Leitor-modelo e aluno-modelo – analogia

Noção de leitor-modelo (teoria da leitura) proposta por Eco e Iser: todo o texto prevê o seu leitor com uma série de características definidas. Quanto mais o livro for direccionado a um público-alvo, mais o texto se torna afunilado, movendo-se dentro da área do estereótipo (exemplo concreto da obra de Dan Brown). Porém, confirmada a existência do leitor real a situação muda de figura, já que este não corresponde inteiramente às expectativas do autor (exemplo concreto dos reais apreciadores da obra de José Vilhena Rodrigues). É proposta a analogia entre aluno modelo e aluno real – o primeiro realiza as experiências sugeridas em aula e procura apoio teórico, enquanto que o último é aquele que todos conhecemos.


3. Caminhar em Manhattan = Panorama Editorial Português?

Há cerca de dois anos o panorama editorial do nosso país sofreu uma mudança complexa, com Miguel Paes do Amaral e a sua Leya. Do outro lado encontramos Paulo Teixeira Pinto (presidente da APEL). Tal como acontece ao caminharmos por Manhattan, deparamo-nos com realidades distintamente opostas, fruto de universos que acabam por conviver quando se pressuponha a sua entrada em rota de colisão.
Recentemente, Maria do Rosário Pedreira foi contratada pela LEYA (deixando a QuidNovi) para fazer trabalho de scout (procura de novos talentos).


4. Retorno a Rui Pena Pires “Não acredito em lançamentos

É possível justificar esta frase do editor da Celta? Impõe-se a questão – Todos os livros devem/podem ter o mesmo tratamento? Adequação é a palavra-chave – para livros diferentes, entendimentos diferentes.
Há algo que se aplica a todos os lançamentos – a despesa tem de ser adequada ao retorno previsto e, deste modo, o lançamento fará sentido.


5. Estudos de mercado

Experiência em aula – tiragens hipotéticas de três obras (um livro de Philip Roth, um livro de Herberto Helder e a autobiografia de Pedro Santana Lopes). A partir do confronto dos valores indicados por cada aluno ficou a sugestão dada pelo Professor: cerca de 5000 exemplares para o norte-americano, cerca de 3000 para o poeta e aproximadamente 10000 para a autobiografia do político. No caso deste último, o contexto da actualidade política nacional seria um factor prévio de grande importância a analisar.
As possibilidades de uma tiragem ser perfeitamente adequada aos interesses do público são ínfimas. O editor deve calcular o risco que representa a tiragem a que se propõe. Para tal, deve tomar uma decisão informada através dos designados estudos que podem ser de vários géneros. Existem os estudos de viabilidade (encomendados), os estudos informais (o editor usa os instrumentos que tem à mão e socorre-se da sua experiência), as sondagens de mercado, ou, algo bem mais formal, a própria intuição. O dever do editor é fazer o melhor estudo possível com os meios que tiver ao seu dispor. Um dos dados mais importantes é a informação das vendas recentes e deverá procurar-se uma justificação para os valores – é um estudo focado no objecto.


6. O caso específico da poesia dentro do mundo da edição

O sistema da poesia é de importância simbólica e o seu funcionamento é muito particular. Organiza-se em círculos de poder e amizade, de alianças feitas e desfeitas, logo muito pouco claro em termos de critérios.
As tiragens de livros de poesia são bastante reduzidas. Normalmente, uma 1ª edição não deve exceder os 75/100 exemplares, pois os livros são, em larga medida, vendidos a amigos e familiares. Digamos que um prefácio de um autor consagrado não impele as vendas mas contribui para legitimar a edição.


7. Qual o drama do jovem autor?

O manuscrito só se abre às suas potencialidades quando é lido por um autor ou editor e é esse o passo mais difícil. Na verdade, não é indispensável ter contactos na área da edição para se ser publicado, mas sim para que manuscrito possa ser lido. Se o jovem autor vive na angústia de tentar cativar a atenção do editor (o seu patrono que poderá tornar verdade o objecto criado), por outro lado, o editor receia recusar um bom livro. No fundo, o autor quer um editor que reconheça a promessa do seu talento e o editor quer encontrar um autor que seja a confirmação dessa promessa – e este encontro raramente se dá.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Uma agência literário-cinematográfica

http://www.pontas-agency.com/

Leitor de e-books Kindle DX já está à venda em todo o mundo

Vai custar 339 euros e tem capacidade para armazenar 3500 livros electrónicos. O novo leitor de e-books Kindle DX Global Wireless começa a sair dos armazéns da Amazon.com no dia 19 de Janeiro, mas a reserva já pode ser feita online. Foi anunciada ontem, exactamente um dia antes do início do Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, onde são esperados dezenas de novos modelos de leitores de livros electrónicos. A Amazon - que este Natal vendeu mais Kindles que livros de papel no seu site, pretende antecipar-se à concorrência e assegurar a hegemonia num mercado que vai explodir em 2010.

"Diga olá ao Kindle DX com Global Wireless", anuncia a empresa na sua página principal. Esta é uma nova versão do Kindle DX, lançado em Maio do ano passado em exclusivo nos Estados Unidos e que agora será descontinuado. O Global Wireless refere-se à capacidade 3G do novo leitor de e-books. Significa que o cliente pode comprar um livro electrónico na Amazon e descarregá-lo em cerca de 60 segundos. É o melhor desempenho de sempre nos leitores da Amazon.

Há algumas curiosidades, no entanto, nesta expansão da venda do Kindle DX a todo o mundo (ou melhor, a cerca de 100 países). Por exemplo, todos os leitores vêm com cabo de alimentação americano - o que significa que terá de comprar um adaptador ou carregar a bateria do Kindle através da porta USB no computador. Por outro lado, a oferta de livros em português ou de autores portugueses é extremamente reduzida: pouco mais de 150 entre 330 mil títulos disponíveis.

"O Kindle DX com Global Wireless permite aos consumidores usufruir em movimento da facilidade de acesso sem fios a livros, jornais, revistas, blogues e documentos, em 100 países", afirmou em comunicado Ian Freed, vice-presidente da Amazon.com.

Os 3,3 gigas de memória e o ecrã de 9,7 polegadas (maior que o dos outros Kindles) transformou o Kindle DX num sucesso de vendas nos Estados Unidos, de tal forma que a Amazon bateu até os concorrentes que já estavam no mercado há mais tempo (como é o caso da Sony). No entanto, a história será outra em 2010. A livraria online concorrente Barnes & Noble também lançou um leitor de e-books em Outubro passado, o Nook, e muitos outros vêm a caminho e começam já a desfilar em Las Vegas. A Sony prepara-se para contra-atacar com uma mão-cheia de novos Sony Reader, a Plastic Logic vai introduzir o QUE reader, a editora Hearst lançará o Skiff Reader e a enTourage prepara-se para apresentar o primeiro leitor com dois ecrãs, o eDGe (que imita o formato de um livro na perfeição). Além disso, a Apple vai revelar dia 27 de Janeiro o seu primeiro tablet, que entre outras funcionalidades será um... e-book reader.


Jornal i, 7 Jan 10

nota: negritos da minha autoria.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Um blogue interessante: o conto oral

http://www.bichodecontos.blogspot.com/

Público - Colm Tóibín ganha prémio literário Costa Book com iBrooklyn/i

Público - Colm Tóibín ganha prémio literário Costa Book com iBrooklyn/i

Caído um velho deus - Paris - temos um novo - Ânglio. Em que interessa esta notícia? Qual o sentido de reproduzir informação sobre um prémio local?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Público - Quem ia pescar bacalhau sofria e chorava, mas só para dentro, que chorar para fora era feio

Público - Quem ia pescar bacalhau sofria e chorava, mas só para dentro, que chorar para fora era feio

Todo, mas todo o texto, pode ser visto como análogo de outro texto. Imaginemos que isto era uma entrevista com editores!

José Rodrigues dos Santos entrevista Günter Grass

Se quiserem/puderem percam cerca de meia hora a ver esta entrevista. Vale a pena!

Pirataria digital afeta indústria literária

Link: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/01/04/pirataria-digital-afeta-industria-literaria-915454506.asp