Luís de Oliveira, fundador da Antígona, homenageado. Editora Dom Quixote e tradutor José Bento entre premiados.
Luís Oliveira, que há 30 anos fundou a Antígona - Editores Refractários, viu o seu percurso marginal ser reconhecido pelos Prémios de Edição Ler/Booktailors, atribuídos na sexta-feira à noite no encontro literário Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim. O Prémio Especial Carreira quis homenagear a "persistência e dedicação deste grande editor em publicar obras essenciais para a cultura literária, segundo inalienáveis princípios de qualidade".
Entre os vencedores das 20 categorias na segunda edição deste prémio, destaque também para a Dom Quixote que obteve o Prémio Especial Editora do ano por, "num mercado editorial cada vez mais complexo", ter marcado "o ano de 2009 com a publicação de obras de alguns dos principais autores da literatura portuguesa e mundial, da literatura e da não ficção".
A Planeta Tangerina, surgida em 2008, foi distinguida com o Prémio Especial Editora Revelação, pela aposta "na publicação de obras criadas de raiz pela equipa de designers e criativos residentes, todos eles com a mais primorosa qualidade, tanto no que respeita aos textos como às ilustrações e aos materiais usados".
Jorge Silva foi o vencedor do Prémio Especial Artes Gráficas. O poeta e tradutor José Bento foi distinguido com o Prémio Especial de Tradução por ser "um recriador que, nos últimos 50 anos, assinou a tradução de mais de 60 obras de poesia e prosa em espanhol, entre elas, as obras maiores, como os dois volumes de D. Quixote, tendo-se tornado na principal referência da tradução do castelhano no nosso país". O Prémio Especial Inovação foi para a Colecção Literatura de Humor da editora Tinta-da-China, coordenada por Ricardo Araújo Pereira, por, "numa época em que 'digital' é a palavra de ordem, a editora recuperar parte da tradição e editar uma colecção de clássicos da literatura de humor que prima por um dos mais inovadores designs do mercado".
Os vencedores do Prémio Especial Livreiro foram Duarte Nuno Oliveira e Caroline Tyssen - proprietários da Livraria Galileu, a primeira de Cascais, inaugurada há quase 40 anos - porque "conseguiram adaptar-se aos novos tempos sem deixar de manter o enfoque na qualidade". A Ler Devagar conquistou o Prémio Especial Livraria Independente, por ter sabido "manter a sua imagem de qualidade e irreverência, tornando-se um local de culto cultural". E Eduardo Pitta, poeta, ensaísta, crítico do jornal Público e da revista Ler, foi distinguido com o Prémio Especial Jornalista ou Imprensa de Edição.
Na última mesa de debate das Correntes d'Escritas, Rui Zink defendeu que "o universo para existir precisa das palavras para ganhar mais variedade". Com mais de 20 livros editados, o escritor desenvolveu o tema pegando num bebé que "quando nasce não sabe falar" e, por causa disso, os pais não entendem o que ele quer. Razão pela qual a criança começa a falar e, mais tarde, "faz rabiscos em papel" que correspondem a sons "que tão bem conhece". É assim que nasce a escrita e que o universo se vai tornando "mais prático e manuseável, graças a estes rótulos adesivos chamados palavras". A plateia aplaudiu e riu ao longo de toda a exposição. Esse é o poder das palavras.
Luís Oliveira, que há 30 anos fundou a Antígona - Editores Refractários, viu o seu percurso marginal ser reconhecido pelos Prémios de Edição Ler/Booktailors, atribuídos na sexta-feira à noite no encontro literário Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim. O Prémio Especial Carreira quis homenagear a "persistência e dedicação deste grande editor em publicar obras essenciais para a cultura literária, segundo inalienáveis princípios de qualidade".
Entre os vencedores das 20 categorias na segunda edição deste prémio, destaque também para a Dom Quixote que obteve o Prémio Especial Editora do ano por, "num mercado editorial cada vez mais complexo", ter marcado "o ano de 2009 com a publicação de obras de alguns dos principais autores da literatura portuguesa e mundial, da literatura e da não ficção".
A Planeta Tangerina, surgida em 2008, foi distinguida com o Prémio Especial Editora Revelação, pela aposta "na publicação de obras criadas de raiz pela equipa de designers e criativos residentes, todos eles com a mais primorosa qualidade, tanto no que respeita aos textos como às ilustrações e aos materiais usados".
Jorge Silva foi o vencedor do Prémio Especial Artes Gráficas. O poeta e tradutor José Bento foi distinguido com o Prémio Especial de Tradução por ser "um recriador que, nos últimos 50 anos, assinou a tradução de mais de 60 obras de poesia e prosa em espanhol, entre elas, as obras maiores, como os dois volumes de D. Quixote, tendo-se tornado na principal referência da tradução do castelhano no nosso país". O Prémio Especial Inovação foi para a Colecção Literatura de Humor da editora Tinta-da-China, coordenada por Ricardo Araújo Pereira, por, "numa época em que 'digital' é a palavra de ordem, a editora recuperar parte da tradição e editar uma colecção de clássicos da literatura de humor que prima por um dos mais inovadores designs do mercado".
Os vencedores do Prémio Especial Livreiro foram Duarte Nuno Oliveira e Caroline Tyssen - proprietários da Livraria Galileu, a primeira de Cascais, inaugurada há quase 40 anos - porque "conseguiram adaptar-se aos novos tempos sem deixar de manter o enfoque na qualidade". A Ler Devagar conquistou o Prémio Especial Livraria Independente, por ter sabido "manter a sua imagem de qualidade e irreverência, tornando-se um local de culto cultural". E Eduardo Pitta, poeta, ensaísta, crítico do jornal Público e da revista Ler, foi distinguido com o Prémio Especial Jornalista ou Imprensa de Edição.
Na última mesa de debate das Correntes d'Escritas, Rui Zink defendeu que "o universo para existir precisa das palavras para ganhar mais variedade". Com mais de 20 livros editados, o escritor desenvolveu o tema pegando num bebé que "quando nasce não sabe falar" e, por causa disso, os pais não entendem o que ele quer. Razão pela qual a criança começa a falar e, mais tarde, "faz rabiscos em papel" que correspondem a sons "que tão bem conhece". É assim que nasce a escrita e que o universo se vai tornando "mais prático e manuseável, graças a estes rótulos adesivos chamados palavras". A plateia aplaudiu e riu ao longo de toda a exposição. Esse é o poder das palavras.
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